A foz é linda!!

A foz é linda!!!!!!!!!!

Thursday, September 20, 2007


Doi, sei que sim, doi perder-te como doeu ter-te aqui contrafeito. É sempre cedo para ver partir, é sempre cedo para perder, é sempre mau suficiente. Eu vi o teu olhar triste, e acho que vi nele uma despedida, sei que vi tudo isso e uma doçura que é só nossa, secreta.
Pensando em ti ocorreu-me que talvez nós sejamos marionetas de Deus. Pensei que talvez a mão que nos comanda estivesse desatenta por te reter aqui.
Por muito que doa ver-te partir acalenta-me a ideia de saber que agora estás em paz, adeus!

Thursday, September 06, 2007

Luís de Camões


Sempre tive tendência para homens de coroa na cabeça e com decote em folhos que me piscassem o olho, pois bem este não devem conhecer e eu vou revelar aqui um dos poemas de amor que ele escondia debaixo do travesseiro,acho que era para uma antiga namorada!!!! Claro que não quero falar de uma outra, a Leonor, que não tinha dinheiro para sapatos, coitadinha!
Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões

Sunday, September 02, 2007

A minha Alice!


Tenho uma Alice na minha vida.

A Alice é um espécie rara, uma hipogirogalinácia. Não, não me enganei, ela é tudo isso e muito mais. A Alice emana música de embalar. Espero que gostem!!!

Há Palavras - Alexandre O'Neil


Há palavras que nos beijam

Como se tivessem boca,

Palavras de amor, de esperança,

De imenso amor, de esperança louca.


Palavras nuas que beijas

Quando a noite perde o rosto,

Palavras que se recusam

Aos muros do teu desgosto.


De repente coloridas

Entre palavras sem cor,

Esperadas, inesperadas

Como a poesia ou o amor.


(O nome de quem se ama

Letra a letra revelado

No mármore distraído,

No papel abandonado)


Palavras que nos transportam

Aonde a noite é mais forte,

Ao silêncio dos amantes

Abraçados contra a morte.

Qual brandura


Qual brandura
Qual caminho bom
Se de ti nada sei
Nada me dizem

Se brotam em mim
Mil palavras
Sem eco ou retorno

Vos sois certamente felizes
De ter em mim algo assim
Serva obediente de vossas vontades

A mim resta a incerteza do incerto
O desventura de cruzar o meu no vosso olhar
Mas o vosso e só fuga e silencio

Ai, que sorte, que infortúnio
Não colher de vossos lábios
Mais do que os próprios meus
Não tecer os meus desejos
Em vossos braços e
Poder abraçar com eles os céus