A foz é linda!!

A foz é linda!!!!!!!!!!

Monday, September 25, 2006

Pudera eu
Contar com meu passos
Todos os pensamentos, sonhos e sentimentos que teço por ti

Derramar no oceano a minha história
Para que os mares, sepulcro escolhido, se afogassem nas dores
Que outrora foram luz e alegria

Romper com as asas de um anjo negro
Um céu mais negro ainda
Por não poder guardar no peito tanto infortúnio
Levando a ternura e o amor para parte incerta

Já não é a bonança que me tolhe as curvas do rosto
Não mais a alegria se me faz companheira
São dores viscerais a moldar o meu destino

Da boca cai a gota amarga de um fel que já foi mel
Das mãos o punhal já arrefecido
Dilacera-se-me o cansaço de tão cansada estar

E a esperança, essa magnânima companheira dos não afortunados
Nem tão pouco ela habita o meu interior
Que de tão tristes, desistiu de mim

Escondo-me neste fosso, negro e fundo
Sem norte ou vontade de viver
E guardo junto ao meu peito, secretamente
O último anseia, o desejo secreto de te ver


Sílvia Alves,

25 de Setembro de 2006

Quinta das lágrimas.

“A Quinta das Lágrimas, cuja origem se perde nos séculos, foi o cenário dos amores proibidos do príncipe Dom Pedro por Dona Inês de Castro, uma fildalga galega que servia de dama de companhia a sua mulher Dona Constança. Diz a lenda que foi na Quinta das Lágrimas que Dona Inês chorou pela última vez, enquanto era trespassada pelos punhais dos três fidalgos a quem Dom Afonso IV, Rei de Portugal, ordenara a sua morte. As lágrimas então derramadas inspiraram Luís de Camões a criar o nome de Fonte das Lágrimas e muitos outros escritores a consagrar o amor eterno de Pedro e Inês.”

Thursday, September 21, 2006

Amantes





São seres unidos por uma mesma energia
A mesma forma de sentir
O perfume da atracção que impele e excita

São corpos abraçados num mesmo abraço abraçado
Aquecidos pelo desejo desenfreado
Amando-se em toda a parte e de qualquer modo
Sem agravo, pejo ou norte

São almas distintas num mesmo corpo
Destino uno e partilhado
Desventura da mesma sorte
Beijos que se trocam lado a lado

Amantes são lua, sol e estrela
Lençóis de cetim encarnado
Botão de rosa ou girassol
Amantes são aqui e em todo o lado

São aurora ou sol poente
Norte, sul, mar, estrela cadente
São “olá” e são “adeus”
Sem prazo, sem limite mas sempre urgente

O que conta é:

“Amar, amar, perdidamente”


Sílvia Alves

18/09/2006

Thursday, September 14, 2006

Ressurreição

Voltei, ressurgi do silêncio!

Não sei muito bem por onde começar, talvez pelo fim.
Ontem fui ao futebol, foi o meu baptismo no estádio do Dragão e gostei, muiiiiiito!
Achei graça aos rituais, ao cachecol oferecido, aos olhos atentos e acima de tudo aos treinadores de bancada!
É muito interessante, ver toda aquela gente numa espécie de transe! Fartei-me de rir e posso também dizer que me emocionei, de quando em vez soltei um misto de suspiro com suspense. Claro que ainda não consigo dizer os palavrões da praxe, aqueles que frequentemente utilizo no trânsito, mas com mais uma ou duas idas ao estádio e vou deixar sair todo o calão que há em mim.
A companhia …bem … foi do melhor e depois do futebol a francesinha assassina de que tanto gosto, com muitas batatas fritas, claro!
Foi uma noite a repetir, pelo menos assim espero!
E vocês, já foram à “bola” ou a veia intelectual impede-os de conhecer este outro universo????